28 de maio de 2012

Assembleia aprova comissão da eleição no Sinteal

Em assembleia geral, Sinteal define comissão que vai organizar  e realizar as eleições da entidade Sindicato também informa à categoria que está produzindo “dossiê” do caos da educação Com boa participação da categoria, o Sinteal realizou, na tarde desta 2ª feira (28/05), em sua sede, no bairro do Mutange,  assembleia geral das redes estaduais e municipais que, entre outros importantes pontos de pauta da luta da educação, definiu – por ampla maioria de presentes votantes – a comissão  que terá a missão de organizar e realizar as eleições da executiva estadual e dos núcleos regionais da entidade. O calendário das eleições tem como períodos finais importantes o que vai de 16 a 18/07/2012 (para as inscrições das chapas) e os dias 29 e 30/08/2012 (com a realização das eleições). A presidenta do Sinteal, companheira Célia Capistrano, convocou o professor Milton Canuto, vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) para fazer uma exposição da luta nacional , que, segundo Canuto, envolve a consolidação do aplicação do piso do magistério – onde Alagoas se destaca nacionalmente por uma boa aplicação do piso pelos municípios, além de avanços na questão da carreira, 1/3 da hora-atividades, 10% do PIB nacional na área educacional, entre outros. Canuto aproveitou para denunciar que o Governo do Estado precisa seguir o que já foi feito por mais de 30 municípios do interior de Alagoas, que já reajustaram o piso do magistério em 22.22% e estão organizando a carreira. E, segundo Canuto, o momento na rede estadual é o melhor que o governo pode ter, pois, “ao contrário dos anos anteriores, neste ano a rede estadual ganhou alunos, portanto, mais recursos federais”. Nos 02 anos anteriores, a rede estadual perdeu, segundo Canuto, cerca de 44 mil alunos para as redes municipais. O vice-presidente da CNTE fez questão de dizer que a luta empreendida junto com o Sinteal “é para constituir um PCC único e definitivo que contemple todas as carreiras, e de 03 em 03 anos e não de 05 em 05 anos, como o que acontece atualmente, indo desde a hora-atividade até a recomposição salarial e a reorganização da carreira”. Em seguida a Milton, falou a secretaria de Formação do Sinteal, professora Girlene Lázaro, que lembrou que a campanha salarial deste ano não mudou em relação aos anos anteriores devido a “má vontade e a falta de compromisso do governo estadual, que nos prometeu concurso público e ganho salarial real e o que vemos, neste último caso, é uma tentativa – que não vamos aceitar – de empurrar uma piada de seis e meio por cento, com a velha desculpa da Lei de Responsabilidade Fiscal”. Reforçando a fala da secretária de Formação, a presidenta do Sinteal, professora Célia Capistrano, ressaltou que o momento é de extrema gravidade, pois “estamos correndo um sério de risco de perder todo o ano letivo devido ao caos administrativo vivido na educação, com um número absurdo de escolas sem poder iniciar o ano letivo”. Ela ressaltou que a situação é ainda mais preocupante porque está iniciando o Censo escolar 2012, que exclui escolas nessa situação (em reforma). A 2ª fase do Censo 2012 será em julho, e as escolas que não foram nele incluídas representam uma só realidade: menos verbas federais para a rede pública estadual de educação. A vice-presidenta do Sinteal, professora Consuelo Correia, denunciou à assembleia a situação vivida na Escola estadual Rodriguez de Melo, onde os professores e funcionários estão sendo pressionados a iniciar o ano letivo com as reformas em andamento e com um absurdo “rodízio de turmas”. Segundo ela, a situação pode se agravar ainda mais no ano que vem porque a perspectiva de perda de alunos “é cada vez mais concreta, reduzindo recursos federais, empurrando Alagoas mais para baixo em índices como o Ideb”. A direção do Sinteal reafirmou para a plenária da assembleia que um “dossiê” sobre o caos da educação está sendo elaborado pelo sindicato para ser encaminhado a instituições de controle social como o Ministério Público Estadual, Controladoria Geral da União, entre outros. Rede Municipal de Maceió No que diz respeito às negociações em Maceió, o diretor jurídico do Sinteal, professor Jailton Lira, sintetizou assim: “a Semed é de difícil relação, pois enxergamos, infelizmente, uma falta de vontade política”. A luta, segundo ele, é para que o Sinteal possa apresentar um projeto de PCC à Semed, mas para isso temos que vencer várias barreira, pois este PCC representa melhorias salariais, organização da carreira, e questões pontuais assim não mexem com o interesse dos gestores”. A assembleia contou com a presença de companheiros de vários núcleos do interior do estado.