16 de outubro de 2012

Professor, mais que profissão uma vocação

Fotos: Marco Antônio/O Jornal

Mais que uma profissão, o ofício de professor exige entrega, partilha e amizade. Mais que conhecimento a atividade exige ainda sabedoria e humildade. Como todas as profissões o exercício da atividade docente exige, também, vocação e muito mais que uma vocação, ser professor é um exercício. Outrora prestigiada pela sociedade, o exercício dessa profissão hoje é, infelizmente, relegado a um plano inferior. A desvalorização do professor no Brasil vem de longas datas. Conta a história que governadores de província lá pelo século XXI já desdenhavam da importância dos professores e afirmavam que a profissão era exercida por quem não sabia fazer outra coisa. Fato é que a falta de uma política que valorize a docência empurram para esta área um contingente enorme de jovens. A impressão que se tem é que muitos procuram essa carreira como uma subprofissão, talvez para preencher um vazio vocacional à espera, provavelmente, de melhores dias em outras atividades. A impressão dá lugar a verdade, quando se lança mãos de dados oriundos de estudos da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência, e a Cultura (Unesco) . Em 2009 a agencia da ONU elaborou uma pesquisa intitulada “Professores do Brasil: Impasses e Desafios, coordenada pela pesquisadora Bernadete Gatti. A pesquisa trouxe, entre outras informações, dados reveladores sobre o mercado de trabalho para quem segue a carreira. De acordo com a pesquisa, noticiada pelo BlogEducação, o mercado de trabalho para os professores se configurava a época, o que não deve ter mudado nesse quatro anos, como o terceiro maior no país. Mercado de Trabalho para o magistério é o terceiro maior do Brasil “Um dos dados que mais chamam a atenção diz respeito ao mercado de trabalho para quem segue a carreira. Os cargos para essa função representam o 3º grande grupo de emprego no Brasil. As vagas para área de ensino só são superadas pelas de auxiliar administrativo e as do setor de serviços, onde não se exige formação superior. ‘A área da construção civil – tão falada como a grande geradora de emprego – sequer aparece entre as primeiras posições’, observa a pesquisadora”. Se é certo é que se os vocacionados para a docência não tem os melhores salários, ou pelo menos os mais justos, por outro lado para eles se apresenta um mercado potencial, em volume de vagas. Só para exemplificar o Estado de Alagoas tem um defict de aproximadamente 3500 professores. A informação foi repassada pela presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), Consuelo Correia, baseado em dados da Secretaria de Educação. Segundo a sindicalista esse número não reflete necessariamente um crescimento do setor, mas, sobretudo a falta de incentivos para atrair os jovens para a carreira. Isso não significa, no entanto, que haja dificuldade, no caso de um concurso público, para o preenchimento das vagas. Mas, provavelmente o perfil desse profissional fosse outro, se a remuneração garantisse a ele melhores condições de vida. “Enquanto os gestores não atentarem que investimento em educação não é gasto não avançaremos. Todo os recursos que se usa em educação é investimento. Gasto é termos, por exemplo, adolescentes atrás das grades. Um detento custo mais que um aluno”, disse, afirmando que a ausência de políticas públicas na área de educação e um dos fatores responsáveis por adolescentes infratores. Matéria do jornalista Pedro Barros, publicada na edição do dia 14 de outubro de 2012 – em O Jornal