26 de março de 2015

Sinteal realiza assembleia com trabalhadoras/es da rede municipal de Maceió

Pauta está sendo discutida com gestores desde janeiro, e mobilizações agora devem se intensificar A assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (26) reafirmou a insatisfação da categoria com as posturas tomadas pela prefeitura de Maceió, que estão prejudicando cada dia mais a educação na rede municipal. Em negociação sobre a implantação do piso desde janeiro, agora a ideia é pressionar a gestão ainda mais para que apresentem avanços. A aplicação do piso é uma prioridade, e dois meses depois ainda não há propostas concretas. A implantação da matricula online tem sido um desastre, deixando vagas ociosas, e alunos sem vagas em suas comunidades. Consuelo Correia, presidenta do Sinteal, alerta para o problema. “É vergonhoso que o município trate essas mães e pais desse jeito, mais de 600 pessoas se sacrificando em filas, gastando com transporte para fazer a matricula, e no fim das contas a SEMED ainda não garante que vai haver vagas na comunidade em que moram”, criticou ela. Outro problema é a implantação 1/3 de hora-atividade, acordado no Tribunal de Justiça ano passado, mas que ainda não está funcionando corretamente em toda a rede. Com todas essas dificuldades, ainda chegou a ser cogitada a possibilidade de municipalização da rede, o que pelo menos esse ano já foi descartado. Célia Capistrano, vice-presidenta do Sinteal, fala sobre as obrigações da gestão. “A educação tem recurso próprio, além disso, todos os impostos tem uma porcentagem destinada à educação. O gestor tem a responsabilidade de priorizar a educação e garantir a qualidade do ensino, ao contrário do que está fazendo, precarizando matricula de estudantes, piso de profissionais, entre outros problemas”. A presidenta Consuelo Correia informou também que todos os processos de progressões por mérito de 2010/2012 (no total eram 23) e 2012/2014 (no total eram 157) que estavam pendentes, serão pagos agora, na folha de março de 2015. Ela comunicou também, que os 230 processos (a lista com os nomes está disponibilizada aqui no site do Sinteal) de progressão que estão retidos há quase quatro anos serão pagos. O Sinteal está aguardando informações da procuradoria do município sobre a forma que será feito esse pagamento. Girlene Lázaro, secretária de Formação do Sinteal, lembrou que na última semana de abril será realizada a 16ª Semana Nacional da Educação, e que as preocupações da categoria serão discutidas em uma programação local organizada pelo Sinteal, que incluirá debates, mobilizações e um encontro de funcionárias/os da educação. Outro informe passado foi a mobilização nacional que a Central Única dos Trabalhadores está organizando no dia 07 de abril contra o projeto de lei 4330, da terceirização que poderá ser aprovado no Congresso Nacional neste mesmo dia. A CUT Alagoas vai realizar um ato público, às 9h00 em frente à SRT (antiga DRT). A assembleia aprovou também uma moção de apoio a trabalhadores/as da educação dos estados de São Paulo e do Pará, que estão em greve enfrentando a intransigência dos governos e invisibilizados pela mídia. Depois de longo debate, foram encaminhadas algumas propostas de mobilização e luta. Foi aprovada uma nova assembleia para o dia 07 de abril, onde serão repassados os resultados da próxima audiência com a SEMED e a SEMARHP, marcada para o dia 30/03, e decididos os próximos encaminhamentos da luta. A categoria já demonstra insatisfação com esse jogo de “empurra para a frente a negociação” que a prefeitura vem fazendo desde janeiro. O Sinteal alerta que o limite da paciência está chegando ao fim, e espera que a administração tenha bom senso, agilidade e compromisso com a categoria. Após a assembleia, a categoria segue para a SRT, e participa da atividade da CUT.