23 de junho de 2015

Assembleia da rede estadual rejeita proposta do Governo e encaminha luta

Mobilizado em campanha salarial da rede estadual, o Sinteal realizou na manhã desta terça-feira (23), uma assembleia geral com a categoria. Na ocasião foi apresentada à categoria a proposta do governo. A presidenta Consuelo Correia começou as falas criticando a postura governo, “Nunca antes nenhum gestor ousou ignorar a nossa database”, afirmou. Ela explicou que o Sinteal não havia convocado assembleia antes porque as propostas anteriores eram tão vergonhosas que foram rejeitas na mesa de negociação, e a base continua mobilizada e sendo convocada para as atividades da campanha. “A proposta apresentada pelo governo em reunião com o Sinteal na última sexta-feira (19) trouxe avanços, mas está longe de ser boa”, completou. Girlene Lázaro fez uma avaliação das possibilidades e destacou que o Governo tem falado da dificuldade do impacto com aposentados e reafirmou “não vamos aceitar percentual diferente, aposentados/as merecem respeito”, concluiu. Girlene, que também é diretora da CUT, falou sobre a construção unificada do movimento dos servidores públicos estaduais, que se o governo continuar sem atender a pauta vai enfrentar um movimento fortalecido e cada vez maior. Ainda nos repasses das últimas reuniões, Célia Capistrano, vice-presidenta do Sinteal, explicou que os representantes do Governo iniciaram a negociação falando que funcionárias/os receberiam pelo quadro geral. “Foi preciso argumentar, mostrar legislação, mas depois de duas reuniões eles finalmente concordaram”, explicou. Darcir Acioli afirmou que a equipe de governo, infelizmente, desconhece a legislação. “Eu estou no conselho do FUNDEB e sei que temos recursos para pagar os 13,01% a todas/os as/os trabalhadoras/es da educação, tanto magistério quanto funcionárias/os. Essa fala de 7% não cabe. Educação de qualidade não se faz só com escola pintada, com panela, com fogão, educação de qualidade se faz com profissional valorizado”, disse ela. Ao ler a proposta, a presidenta Consuelo Correia ressaltou que essa não era a proposta do Sindicato. “Nossa proposta é que se aplique os 13,01% a todos/as os/as profissionais da educação, reconhecendo piso e carreira para toda a categoria, como determina a legislação”, alertou. Eles prometeram 7% de reajuste parcelados em 3 vezes (2% em maio + 2% em setembro + 3% em novembro). Além de acenar posiitivamente para algumas das reivindicações da pauta apresentada pelo Sinteal: Buscar solução para o problema relativo aos secretários e secretárias escolares; Constituir comissão para uma análise do quadro de carências da rede estadual e, após, essa análise, havendo possibilidade legal, convocar a “reserva técnica”, e também discutir a ampliação de carga horária e/ou a realização de concurso público; Começar a trabalhar efetivamente o reordenamento da carreira do magistério e funcionárias/os (incluindo os/as secretários/as escolares); Proposta de reajuste no percentual de 7% (sete por cento), escalonado em 03 (três) parcelas, sendo 2% (dois por cento) retroativo a maio, 02% (dois por cento) em setembro e 3% (três por cento) em novembro. Ao final, a plenária decidiu rejeitar a proposta e continuar construindo a luta, mesmo durante o recesso escolar, junto com o movimento unificado organizado pela CUT.