25 de novembro de 2015

É hoje! Marcha Mundial das Mulheres protesta contra violência

Ato público no Centro de Maceió reivindica medidas do Governo contra altos índices de mulheres agredidas e assassinadas em Alagoas, e repudia Eduardo Cunha

No Dia Mundial de Combate à Violência Contra a Mulher, 25 de novembro, a CUT e a Marcha Mundial das Mulheres em Alagoas realizam um ato público no centro de Maceió, cobrando respostas e ações efetivas do poder público pelo fim da violência. A concentração está marcada para as 09h, na praça Sinimbu. A pauta apresentada pelas manifestantes denuncia, entre outras coisas, o fechamento do Centro Especializado de Atendimento à Mulher em situação de violência e a falta de delegacias especializadas da mulher. Preocupadas com os casos de mortes de mulheres que se multiplicam, elas destacam que o mapa da violência apresentado no início deste mês constata a falta de prioridade que o Governo tem dado ao assunto. “Desde o início do ano estamos tentando dialogar com o Governo, mas quase não temos resposta. No dia 06 de março realizamos uma caminhada no centro, e protocolamos um pedido de audiência, com as pautas das mulheres. Sete meses depois, nada havia sido feito. Voltamos às ruas em outubro, protocolamos mais uma vez a carta. Fomos recebidas pela assessoria do governo, que prometeu retorno em 15 dias, promessa que não foi cumprida”, relata Girlene Lázaro, Secretária da Mulher da CUT Alagoas e uma das coordenadoras da Marcha em Alagoas. Nacionalmente, o ato repudia o Projeto de Lei 5069, de autoria do Deputado Eduardo Cunha, que elas consideram um retrocesso nos direitos das mulheres. “A mulher que sofre violência sexual atualmente recebe um atendimento pelo Estado, que tenta minimizar os danos, fornece medicamentos. Essa lei sendo aprovada, interfere até neste atendimento, dificultando inclusive o trabalho de profissionais de Saúde”, explicou Girlene. A Marcha Mundial das Mulheres A Marcha Mundial das Mulheres é um movimento feminista internacional, que surgiu no ano 2000 como uma grande mobilização que reuniu mulheres do mundo todo em uma campanha contra a pobreza e a violência. As ações começaram em 8 de março, Dia Internacional da Mulher, e terminaram em 17 de outubro, organizadas a partir do chamado “2000 razões para marchar contra a pobreza e a violência sexista”. Em Alagoas, tem uma representação significativa, composta por mulheres de várias instituições, entre elas a Central Única dos Trabalhadores, sindicatos, estudantes e movimentos sociais.