CUT realiza ato em memória ao 17 de julho
Logo após assembleia da rede estadual realizada nesta segunda-feira (18), no Sinteal, trabalhadoras/es da educação se dirigiram ao centro de Maceió, para participar do ato em memória ao 17 de julho de 1997, organizado pela CUT Alagoas. O dia faz parte da história do Estado como uma grande conquista da luta da classe trabalhadora, quando após meses de mobilização a unidade entre servidoras/es públicas/os estaduais, civis e militares, o governador Divaldo Suruagy renunciou ao cargo. A professora Girlene Lázaro, que além de ser secretária de formação do Sinteal faz parte da direção da CUT em Alagoas, destaca a importância de manter viva a memória sobre as conquistas da história. “19 anos já se passaram, e muita gente que está atualmente trabalhando no serviço público de Alagoas não viveu aquele período. Muitas pessoas chegaram até a se suicidar”, explica ela. Em entrevista ao jornal Tribuna Independente, Girlene conta detalhes da época. “As pessoas não têm muito claro o que foi que Alagoas viveu naquele tempo. Vários meses de atraso no pagamento dos salários, o que atingiu em cheio o comércio porque o dinheiro parou de circular. A situação era tão ruim, que até os militares saíram às ruas para protestar”, lembra Girlene Em um ano com tantas dificuldades na luta por direitos, Consuelo Correia, presidenta do Sinteal. reforça o discurso de unidade e resistência. “Não queremos viver mais uma vez o que aconteceu em 1997, foi um período muito difícil para nós. Mas lembrar disso nos traz a certeza da capacidade que a união das categorias tem. Estamos com disposição para a luta, e esperamos que o Governo não se nos faça repetir a mobilização construída naquele período”,disse Consuelo. 17 DE JULHO No dia 17 de julho de 1997, servidores públicos – civis e militares – se dirigiram à Praça Tavares Bastos, sede da Assembleia Legislativa Estadual (ALE) para cobrar dos parlamentares a queda do então governado Divaldo Suruagy. Àquela altura, o funcionalismo público já se encontrava há oito meses sem receber salários. E devido à mobilização dos policiais militares, o Exército foi chamado para fazer a segurança da sede do parlamento alagoano.
*Com informações do portal TribunaHoje