21 de fevereiro de 2017

Sinteal promove debate sobre reforma da Previdência

IMG_9052Em luta contra a aprovação da reforma da Previdência do governo golpista de Michel Temer que vai trazer grandes prejuízos à classe trabalhadora, o Sinteal realizou, na manhã desta terça-feira (21), um seminário sobre o tema, com palestra da doutora Betânia Nunes Pereira, advogada do Sinteal, do sindicalista Cícero Lourenço, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social – CNTSS/CUT e a professora Girlene Lázaro, secretária executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE e diretora do Sinteal e da Central Única dos Trabalhadores em Alagoas (CUT/AL).

A advogada Betânia Pereira esclareceu detalhadamente com vídeos, gráficos e planilhas como funciona a seguridade social e como é financiada, desmascarando que a informação de que está deficitária é uma mentira. Esclareceu, ainda, como ficam as condições para trabalhadoras/es caso a reforma seja aprovada no Congresso Nacional. “Pela estimativa de vida da população, a maioria de nós não irá se aposentar ou vai se aposentar e usufruir esse direito por muito pouco tempo”, disse a jurista.

Já o sindicalista Cícero Lourenço, por sua vez, alertou para a extrema necessidade de mobilização da classe trabalhadora para ir ás ruas, impedir que a reforma se torne realidade. Ele falou sobre a situação da Previdência tanto em seu contexto histórico, quanto atualmente, e reforçou que as atitudes desesperadas de buscar previdência privada ou apressar a aposentadoria (ou seja, aqueles que têm condições e tempo de contribuição para isso) são armadilhas. “Se abrirmos mão desse direito, se não lutarmos coletivamente, nós seremos enormemente atingidos e prejudicados”, alertou Lourenço.

Lourenço explicou também que em muitos municípios a receita gerada pelas aposentadorias são maiores que o próprio FPM [Fundo de Participação do Município], e que com essa reforma a isonomia das cidades ficará em apuros.

IMG_9080Finalizando o seminário, a professora e sindicalista Girlene Lázaro falou sobre a realidade de perigo e prejuízos que a educação pública vem sofrendo no governo Temer, e lembrou à plenária que a classe trabalhadora está sendo alvo de um golpe, sendo as ações cada vez mais claras. “Não era para derrubar a presidenta Dilma, era para retirar nossos direitos. A previdência saiu do Ministério do Trabalho e foi para o Ministério da Fazenda, e isso foi um primeiro passo para piorar as coisas”, disse Girlene.

Para encerrar, Girlene convocou as/os trabalhadoras/es presentes para participar diretamente da agenda de lutas da CUT no estado, já começando com um protesto no dia 08 de março, no centro de Maceió, já intensificando com a participação na greve nacional da educação que começará no próximo dia 15 de março.

Ao final das três exposições da mesa, foi aberto o debate com a plenária, que contou com representantes de várias regiões do estado com seus núcleos regionais.