Fim da greve em Maceió! Assembleia unificada decide pela volta aos trabalhos

De cabeça erguida, com a consciência de que a luta nunca deixou de ser feita, trabalhadores e trabalhadoras do município de Maceió decidiram, em assembleia realizada na manhã desta terça-feira (13), pelo encerramento da greve geral do movimento unificado. Contabilizando conquistas importantes e ressaltando a força da união das várias categorias, a plenária realizada no Sindicato dos Urbanitários de Alagoas avaliou ser o momento de reorganizar a luta para 2019, que já começa em janeiro.

Sinteal, Sindprev e Sindspref foram os sindicatos que comandaram a assembleia, com a participação massiva de todas as categorias que lotaram o auditório. Após avaliação da mobilização em cada área (educação, saúde, enfim, quadro geral), a plenária se manifestou através de votação e encerrou a greve.

A volta aos trabalhos acontecerá na próxima segunda-feira (19), após uma comunicação formal que será feita à Justiça. Consuelo Correia, presidenta do Sinteal, garante que a luta não acabou. “Estamos em permanente estado de resistência. Querem negar nossos direitos, enfraquecer a luta, mas a nossa resposta é firme. A greve está encerrada, mas a luta, a discussão na Justiça e as mobilizações da categoria vão continuar. A previsão para 2019 é de mais luta”.

Com data-base em janeiro, as categorias unificaram o movimento em maio, após várias tentativas de acordo direto entre sindicatos e prefeitura. Com a unificação do movimento e algumas paralisações, saiu do 0% pela primeira vez desde 2017, mas só chegou a 3%, e ainda assim parcelados. A greve teve início no dia 17 de julho, e até o seu encerramento o prefeito não recebeu nenhuma liderança. O movimento foi forte, e a Justiça manteve a greve legal até o último momento.

Nesses 4 meses foram muitas mobilizações, atos públicos, caminhadas, ocupação na SEMGE, na sede da prefeitura, e até na Câmara de Vereadores. A Justiça determinou condições difíceis, mas que foram todas cumpridas. A abertura para o diálogo nunca deixou de existir por parte dos trabalhadores e trabalhadores.

Luta contra a mordaça

Consuelo também falou sobre a luta que está sendo travada contra a “lei da mordaça”. Ela relatou que, desde 2016, o Sinteal está mobilizado contra a “lei da escola livre”, que impõe mordaça ao magistério, colocando professores/as como “inimigos da sociedade”. Mobilizações de rua e uma verdadeira batalha jurídica estão em andamento até hoje. No próximo dia 28 haverá uma importante audiência no Supremo Tribunal Federal (STF) para análise e julgamento da lei, e o Sinteal lá estará presente.