Secretaria de Políticas Sociais do Sinteal defende um Brasil democrático e sem racismo
Nós, mulheres e educadoras negras, temos posição política em defesa da democracia, e no 2º turno das eleições presidenciais defendemos a igualdade racial, porque entendemos que as lutas gerais do povo brasileiro garantem e melhoram conquistas representadas por programas como o ProUni, o Fies, a criação de mais faculdades públicas para facilitar o acesso dos filhos de famílias pobres (principalmente os/as negros/as) ao ensino superior, e investir maçiçamente em áreas como Educação e Saúde.
Entendemos que é preciso haver um compromisso sólido em defesa de importantes programas sociais como o “Bolsa-Família”, o “Minha Casa, Minha Vida”, o “Luz para Todos”, além, no sentido geral, de um firme posicionamento pelo fim do racismo, do machismo, do respeito às bandeiras e às aspirações mais legítimas do povo brasileiro.
Nós, mulheres negras, somos mais de 41 milhões de eleitoras, ou seja, 26% do eleitorado, e podemos, sim, fazer a diferença! Podemos ser o “fiel da balança” fazendo com que o nosso voto seja decisivo para DERROTAR propostas de desmonte do patrimônio nacional, ataque aos direitos trabalhistas e sociais, e de preconceitos dos mais variados tipos: racial, gênero, cultural, religioso etc.
Confiamos que estaremos juntos no 2º turno, votando, no próximo dia 28 de outubro, porque é preciso que sejam garantidas políticas públicas de segurança que garantam paz nas comunidades e bairros mais pobres, que, há décadas, vêm registrando índices cada vez mais altos de violência: assaltos, estupros e assassinatos, cujas vítimas em sua grande maioria são cidadãos e cidadãs negros/as.
Negros e negras perfazemos 54% da população brasileira e, nós, mulheres negras, representamos o maior contingente populacional do Brasil. Temos, portanto, um papel fundamental e decisivo neste 2º turno, e em nossas mãos está a garantia ou não da Democracia no país, e a retomada (ou não) de um plano de governo que garanta estas “bandeiras”: segurança democrática; ampliação de políticas públicas para a população negra, mulheres e pobres; saúde gratuita; educação pública de qualidade; direitos das comunidades quilombolas e indígenas; solidificação e ampliação dos direitos das empregadas domésticas; respeito à soberania e ao patrimônio nacional; defesa da nossa Amazônia (com toda a sua riqueza que é patrimônio do povo e do Brasil); garantia do Pré-Sal para a Educação, entre outras.
Apoiamos a candidatura que se compromete com a pauta: “Vidas negras importam!”. Que o Estado tenha na segurança pública a proteção à vida das mulheres negras e eduque nossa sociedade para a eliminação do feminicídio; o fim do genocídio de negros e negras impetrado pelo Estado brasileiro; a garantia aos direitos e à vida da população LGBTQIAP+ (Lésbicas, Gays, Bi, Trans, Queer/Questionando, Intersexo, Assexuais/Arromântiques/Agênero, Pan/Pol e mais); o cumprimento da legislação com políticas de direitos humanos, que elimine os efeitos nefastos do racismo, do fascismo e da violência, e que adote medidas de controle e eliminação de toda e qualquer perseguição às religiões de matriz africana.
Por tudo isso, nós, Educadoras Negras conclamamos a todas as companheiras mulheres negras que se posicionem nas urnas no próximo dia 28 de outubro votando a favor do projeto político que fortaleça compromissadamente os nossos direitos e garanta a dignidade de nossas vidas.
VOTE PELA DEMOCRACIA E CONTRA O RACISMO!
Maceió (AL), 22 de outubro de 2018.