6 de outubro de 2021

Trabalhadoras/es em educação de Rio Largo decidem por mobilização de protesto no dia 15/10 (“Dia do/a Professor/a”)

No próximo dia 15 de outubro (“Dia do/a Professor/a”), as/os trabalhadoras/es em educação de Rio Largo vão realizar ato público em frente à sede da Prefeitura, no horário da manhã. A mobilização da categoria, organizada pelo Sinteal e pelo Núcleo Regional Sinteal/Rio Largo, objetiva cobrar respeito, valorização, diálogo e o atendimento da pauta de reivindicações 2021 (com pendências de 2020!).

Esta foi a decisão principal aprovada na assembleia geral de trabalhadoras/es da educação, convocada pelo Núcleo Regional Sinteal/Rio Largo, e realizada, ontem (05/10), no auditório da Câmara Municipal de Vereadores. A assembleia contou com a presença das dirigentes da executiva estadual Cícera Ferreira (Jurídico) e Lenilda Lima.

Assembleia

Com boa participação da categoria, a assembleia debateu a difícil conjuntura político-administrativa do município de Rio Largo e o tratamento imposto pela prefeitura e pela Secretaria Municipal de Educação contra todas/os as/os trabalhadoras/es em educação (ativas/os e aposentadas/os), com relação à pauta reivindicatória da categoria (2021) e mais outras demandas importantes.

A diretora jurídica Cícera Ferreira (da executiva estadual) abordou as ações jurídicas acionadas contra a administração municipal, e Lenilda Lima apontou e debateu as ações de luta em prol dos direitos da categoria nos últimos anos. A interação com a base foi muito forte, demonstrando a mobilização e a organização da luta da categoria no município.

“Congelada”

Se arrastando desde o ano passado, a recomposição (reajuste) salarial é uma das principais reivindicações das/os trabalhadoras/es da educação de Rio Largo e do Sinteal “congelada” pela administração do prefeito Gilberto Gonçalves (PP).

“Na campanha eleitoral, é bom lembrar, ele prometeu que daria ‘o maior aumento para a educação’, mas, agora, prefeito com a caneta na mão, desistiu de encaminhar para a Câmara de Vereadores o projeto de lei do reajuste salarial”, diz a presidenta do Núcleo Regional Sinteal/Rio Largo, Rosiéle Guimarães, decisão que, segunda ela, frustrou tanto as/os trabalhadoras/es da área, quanto os/as vereadores/as, “que esperavam a chegada do PL para votação e aprovação”.

Mais negações

Diante deste cenário de falta de diálogo, agravado ainda mais pela pandemia de Covid-19 (que impedia a mobilização de luta presencial das/os trabalhadoras/es e do Sinteal), a gestão se aproveitou também para negar qualquer possibilidade de atendimento aos outros pontos da pauta reivindicatória, que envolve: progressões, enquadramento dos/as servidores/as do Concurso 2019, convocação dos/as concursados/as também de 2019, precatórios do FUNDEF e a preocupante situação das/os aposentadas/os da educação no município, “que foi debatida na assembleia de ontem, tendo em vista a intenção do prefeito Gilberto Gonçalves de exonerar  essas/es profissionais, aposentados pelo INSS, mas ainda em atuação na educação do município”, diz Rosiéle.

Injustiça

Partiu também do Núcleo Regional a denúncia da falta de diálogo imposta pela Prefeitura de Rio Largo, “que prejudica diretamente a solução de uma injustiça”, diz Rosiéle: os gastos pessoais durante a pandemia para garantir as aulas remotas na pandemia e elevar o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) do município.

“A prefeitura e a secretaria municipal de educação sabem que todos nós tiramos do nosso bolso para custear gastos com internet e com conserto ou comprar de equipamentos de informática e garantir as aulas remotas. E sabe que tem que dialogar com o Sinteal e a categoria para recuperar esses danos salariais, agravados pela inflação de dois dígitos que ataca os trabalhadores”, diz a presidenta do Núcleo Regional. Ela alerta, ainda, que “nenhuma lei impede a recomposição salarial, já dada por outros municípios em Alagoas”.

Mobilização de luta

Assim, na luta contra o descaso e contra a falta de diálogo, as/os trabalhadoras/es da rede pública municipal de educação de Rio Largo decidiram transformar o próximo dia 15 de outubro/Dia do/a Professor/a (uma sexta-feira), num dia histórico de luta e mobilização contra os desmandos da Prefeitura.

“Independentemente de ser feriado ou não, vamos à luta porque não queremos vídeo nos ‘parabenizando’ pelo dia. Queremos é valorização profissional, respeito e diálogo! Queremos Rio Largo vivendo uma realidade de educação de qualidade, com profissionais valorizados. Queremos o atendimento da nossa justa pauta de reivindicações”, diz Rosiéle, resumindo a disposição de luta da categoria e a decisão votada e aprovada na assembleia desta terça-feira (05/10).

Mais fotos da assembleia