Homenagem às vítimas da COVID na educação em Alagoas traz clima de comoção ao Congresso do Sinteal

Educadoras/es vítimas da COVID foram homenageadas pelo Sinteal (Foto: Arantos)

A noite deste domingo foi marcada por muita comoção no 15º Congresso Estadual dos/as Trabalhadores/as da Educação de Alagoas, organizado pelo Sinteal. Para a homenagear todas as educadoras e educadores de Alagoas vítimas da COVID-19, foi preparado um ato simbólico na praia de Cruz das Almas, em Maceió.

A professora Helenice Lopes, Vice-Presidenta do núcleo Regional do Sinteal em Palmeira dos Índios, teve sua história contada em uma emocionante reportagem produzida pela TV Sinteal. Ela foi uma das dezenas de pessoas que trabalham na educação pública que tiveram suas vidas levadas pelo genocídio promovido por Bolsonaro.

Comoção tomou conta dos presentes na homenagem à companheira Helenice Lopes (Foto: Arantos)

“O Brasil teve o privilégio de ser informado antes de o vírus chegar aqui, já sabíamos tudo o que precisava ser feito, mas o presidente fez questão de fazer o contrário, negar a doença e a ciência, estimular a contaminação em massa e matar milhares de pessoas. Nossa companheira Helenice nos foi tirada em um momento que já existia vacina, mas o Governo não comprou, se negou a proteger o seu povo. Isso causa muita dor e revolta em todos nós”, disse André Ribeiro, dirigente do Sinteal que conduziu o momento de homenagens.

Com a família de Helenice e algumas autoridades presentes, sua história foi saudada por toda a plenária e a presidenta Consuelo Correia declarou, em lágrimas, que a família Sinteal está em luto.

Em seguida a plenária saiu em caminhada com cartazes, velas e balões. Com fotos e nomes dos companheiros e companheiras que morreram de COVID o grupo se dirigiu à praia de Cruz das Almas para um ato simbólico, de memória, luto, e protesto por todas as vidas perdidas.

“Essas pessoas não são números, são mães, pais, filhas, amigas e nossas companheiras de trabalho. Estamos aqui hoje por elas e não deixaremos a memória ser apagada”, disse Consuelo.

Entoando juntos a música de Tim Maia, todos os presentes repetiram “Não sei por que você se foi/Quantas saudades eu senti/E de tristezas vou viver/E aquele adeus não pude dar”, e finalizaram com uma salva de palmas à trajetória de cada uma dessas pessoas.