10 de dezembro de 2021

Luta da educação por recomposição salarial e contra prejuízos aos profissionais vigias avança em Rio Largo

                           Foto “printada”

Avanços importantes na luta do Sinteal e das/os trabalhadoras/es em educação de Rio Largo aconteceram nesta quinta-feira (09/12), quando o sindicato e lideranças da base da categoria, depois de uma nova assembleia geral, acompanharam sessão ordinária da Câmara de Vereadores, para garantir o envio à Prefeitura de “projeto de indicação” de recomposição salarial para a educação, que está, igualmente a outros servidores e servidoras do município, sem reajuste.

De acordo com a presidenta do Núcleo Sinteal/Rio Largo, Rosiéle Guimarães, a mobilização e a pressão democrática feita pelos trabalhadores e trabalhadoras da educação junto à Câmara de Vereadores está fazendo a luta avançar. “Depois da assembleia de ontem, novamente saímos em caminhada para acompanhar os trabalhos na Câmara de Vereadores e conseguimos que a presidência da Casa encaminhasse à prefeitura um “projeto de indicação” de recomposição salarial para os servidores e servidoras da educação e da saúde, e conseguimos também que o projeto de reajuste do prefeito, vice-prefeito, secretários, procurador e quem mais seja não entrasse em pauta”, comemorou.

Entrevistado por um meio de comunicação, o vereador Daniel Pontes confirmou que está na Câmara de Vereadores o projeto de lei que objetiva o reajuste salarial para o executivo municipal, mas que ainda não entrou em pauta porque os vereadores estão avaliando balancetes, o orçamento do próximo ano [2022], o PPA [Plano Plurianual] para ver a possibilidade do reajuste. O vereador garantiu, porém, ser defensor do reajuste para as áreas da Educação e da Saúde, sendo que para a Educação “vejo possibilidade para um reajuste já para janeiro de dois mil e vinte e dois”.

O diretor do Sinteal, Eraldo de Souza, cobrou diálogo direto com o prefeito Gilberto Gonçalves. “Desde novembro passado estamos tentando dialogar com o prefeito e o máximo que conseguimos foi ele conversar rapidamente com o Sinteal no meio da rua. Queremos o nosso direito a um reajuste ou recomposição salarial porque a inflação corroeu nosso poder salarial nesse período de pandemia [2020 e 2021]. Enquanto não sair o reajuste, não vamos permitir o reajuste do prefeito e do restante do executivo municipal”, defendeu.

Outra vitória

Segundo, ainda, Rosiéle, mais uma vitória obtida ontem foi a decisão da Justiça de conceder aos profissionais vigias da educação municipal em Rio Largo a garantia de 30 horas de trabalho, como consta no Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) da categoria. Para punir esses trabalhadores, o prefeito Gilberto Gonçalves, desta vez, retirou alguns do turno noturno e transferiu outros do local de trabalho, sob a alegação de estar “organizando” uma escala de 12h por 60h (um dia de trabalho por dois de folga), sem consultar a categoria ou o Sinteal, causando o corte dos adicionais noturnos, “sem ao menos avaliar a necessidade de cada um desses trabalhadores”, disse Rosiéle. Mas o Sinteal, segundo ela, através do seu Departamento Jurídico, “conseguiu garantir o direito as trinta horas trabalhadas”.

O Sinteal encaminhou ofício para as Secretarias Municipais de Educação e de Administração e para o coordenador de vigias solicitando uma reunião nesta próxima semana, para discutir e solucionar a situação dos profissionais vigias do turno noturno.

Luta continua!

Rosiéle afirmou que o Sinteal, ao lado de outros sindicatos, continuará acompanhando diretamente toda e qualquer tramitação de projetos de recomposição ou reajuste salarial das categoria, fazendo a pressão democrática junto à prefeitura e à Câmara de Vereadores, e, para isso, também convocando a categoria para permanecer organizada e mobilizada. “A luta continua!”, afirma ela.