5 de janeiro de 2022

Trabalhadoras/es em educação e Sinteal realizam protesto em Igaci e cobram recomposição salarial e informações sobre sobras do FUNDEB relativas a 2021

Trabalhadoras/es da educação de Igaci realizaram, na manhã desta quarta-feira (5), no centro administrativo do município, um ato público de protesto para cobrar da prefeitura e da Secretaria Municipal de Educação a recomposição salarial (relativa a 2021) e informações urgentes e concretas em relação às sobras dos recursos do FUNDEB (também do ano passado). Sinteal e servidoras/es tentaram reunião com o secretário municipal de Educação, Josenildo França, que não ocorreu.

Intimidação derrotada

Na tentativa de impedir a manifestação e intimidar as/os trabalhadoras/es da educação, a prefeitura estacionou – como uma barricada – ônibus escolares à entrada do centro administrativo, mas não conseguiu impedir o ato público de protesto e reivindicação das/os servidoras/es em frente à sede da prefeitura, que não funcionou hoje porque o prefeito Petrúcio Barbosa (PTB) decretou um “feriado” fora do calendário. Guardas municipais foram empregados para impedir a possibilidade de acesso ao interior da prefeitura.

Segundo Izael Gomes, presidente do Núcleo Sinteal/Palmeira dos Índios, “as tentativas de intimidação planejadas pela prefeitura não impediram que o sindicato e os trabalhadores e trabalhadoras da educação denunciassem ao povo de Igaci o descaso da administração municipal contra a categoria”. Até uma ronda da Polícia Militar não parou de circular próxima à manifestação, que foi pacífica e justa.

Caminhada e assembleia

Após o protesto no centro administrativo, as/os manifestantes saíram em caminhada até a praça central do município, quando deliberaram novas ações de luta, e se dirigiram, por fim, à sede da Secretaria Municipal de Educação, para tentar reunião com o secretário, que não estava no prédio, e também não atendeu às tentativas de contatos feitos pelo Sinteal. A categoria decidiu realizar nova assembleia geral na próxima 6ª feira (7).

Apoio à luta

Presentes no ato público estavam os vereadores Neno Toledo (PTB), Altair Torres e Valmir do Mauro (PP), que prestaram apoio à luta da educação.

Resumo da luta

Em 21 de dezembro passado, em reunião com o controlador geral do município, Antônio Barbosa, o Sinteal foi informado que a prefeitura não daria o reajuste, mas abrindo possibilidade de nova negociação no dia 30 do referido mês, que não ocorreu, e causou revolta entre as/os trabalhadoras/es. A indignação ganhou ainda mais intensidade quando a Câmara de Vereadores de Igaci aprovou projeto de lei que deu aumento salarial aos secretários municipais, tendo o próprio controlador geral recebido o reajuste, ao mudar também de cargo para o “status” de secretário municipal.