19 de abril de 2022

Assembleia unificada recusa proposta indecente da Prefeitura de Maceió e define agenda de mobilizações

A luta por valorização dos servidores e servidoras públicas municipais de Maceió continua. Em assembleia realizada na manhã desta terça-feira (19), as lideranças do Movimento Unificado repassaram à categoria a proposta apresentada pela Gestão JHC. De forma unânime, todas as categorias a consideraram indecente e decidiram ampliar a luta, começando com uma paralisação no dia 28 de abril (5ª feira).

“Eles perceberam a nossa força e avançaram, saíram do zero, mas, ainda assim, é inaceitável o que eles trazem. Conseguiram propor um pacote de maldades ainda pior que a gestão anterior, que tanto criticaram. Maceió é massa! Massa pra quem?”, perguntou a presidenta do Sinteal, Consuelo Correia.

A proposta apresentada seria implantar 3% de reajuste em junho deste ano (seis meses depois da data base), implantação de 2 biênios (um par e um ímpar, para a Saúde e para a Educação) e um novo reajuste de 3%, apenas em maio de 2023. Querendo o retrocesso, exigem a mudança do Plano de Cargos e Carreiras (PCC) já conquistado e consolidado pelos/as servidores/as.

“Eles querem deixar amarrado que não faremos mais mobilização nem este ano nem no ano que vem, e já avisam que não pretendem cumprir a data base nem agora nem em nenhum outro ano enquanto durar a gestão”, explicou Consuelo, indignada.

Bastante representativa e com falas combativas das lideranças de 15 sindicatos e da base, a assembleia teve um clima de revolta e decepção com o prefeito JHC. “Ele assinou um documento durante a campanha, assumiu um compromisso com os servidores e servidoras. Mas, vamos cobrar!”, disse um servidor da área da segurança.

Na educação, a situação grave continua sendo exposta. Pâmela, uma mãe de estudantes da rede pública trouxe seus filhos e fez uma denúncia. Como suas crianças são autistas, não está conseguindo deixá-las na escola porque não há profissionais. “Lugar de criança tem que ser na escola, e eu não posso levar as minhas porque a escola não tem auxiliares de sala”.

Com a presença de muitos sindicatos da área da Saúde, a luta contra a privatização está sendo reforçada como pauta pelo movimento.

A possibilidade de greve não foi descartada, mas o movimento decidiu tentar manter o diálogo e continuar com paralisações pontuais e muitas mobilizações de rua, para que possamos avançar e conquistar uma proposta real, justa e decente para todo o conjunto de servidores/as.

Mais uma vez, o vereador Dr. Valmir (PT) se fez presente à assembleia de classes, garantindo apoio à pauta de luta. A próxima paralisação ficou marcada para o dia 28 de abril (com concentração, às 09hs, na Praça Deodoro, e, depois, grande caminhada de luta pelo Centro de Maceió), além da participação no grande protesto do 1º de Maio (“Dia do/a Trabalhador/a”), com algumas “surpresas” para o prefeito.

Mais fotos da assembleia de luta