21 de julho de 2022

Exigindo “valorização” e “negociação”, trabalhadoras/es em Educação de Maceió realizam protesto em frente à Prefeitura de Maceió; Prefeito JHC recusa diálogo; Greve continua!

 

Com o objetivo de serem recebidos em audiência de negociação pelo prefeito JHC, trabalhadoras/es da rede pública municipal de educação e diretoras/es do Sinteal iniciaram, por volta das 15hs desta 5ª feira (21), em frente à sede da Prefeitura de Maceió, em Jaraguá, um grande ato público de protesto e reivindicação. A categoria está em greve desde o último dia 11/07, lutando por seus direitos e por valorização salarial.

A decisão favorável ao ato público desta tarde na porta da prefeitura foi tomada em nova assembleia de luta da categoria, realizada de manhã, na sede do Sinteal, e que decidiu pela manutenção do movimento, além de tentar convencer o prefeito de Maceió a negociar democraticamente com as/os servidoras/es da educação e seu sindicato.

Agenda de lutas

A “agenda de lutas” dos próximos dias, aprovada por unanimidade na assembleia de hoje de manhã, engloba, além de atividades de rua, mais cobranças ao prefeito JHC e buscar cada vez mais diálogo com a população maceioense, objetivando esclarecer o que significam as declarações infundadas feitas pelo prefeito de Maceió em relação aos direitos e à luta da categoria.

Protesto e falas

A vice-presidenta do Sinteal, Célia Capistrano, fez coro com todas/os as/os trabalhadoras/es da educação presentes no protesto, exigindo “valorização” e o “reconhecimento” do valor que merece a categoria. “A Prefeitura de Maceió precisa acabar com essa história vergonhosa de pagar abaixo do piso. Nós queremos o piso na base e, acima dele, todas as gratificações. E, ao lado de cada funcionária e funcionário da educação, o Sinteal também vai continuar exigindo nenhum valor abaixo do salário mínimo, um reajuste salarial decente para todos os profissionais da educação e o PCCS [Plano de Cargos, Carreira e Salários] desta categoria”.

Em sua fala, a presidenta do Sinteal, Consuelo Correia, disse que o protesto teve como motivação a informação recebida pela entidade da presença do prefeito JHC na sede do município, mas, até às 16h30, o prefeito não havia aparecido no trabalho.

“A gente não quer conversar com secretário ou secretária da prefeitura para ouvir a mesma proposta. Queremos proposta nova, que traga a dignidade e valorização de todas as trabalhadoras e trabalhadores que fazem a educação em Maceió. A gente não aceita sentar à mesa para referendar uma proposta que foi rejeitada pela categoria e sindicatos aqui presentes [no protesto]. Este aumento [de 4%], o prefeito pode até ter mandado para votação na Câmara [de Vereadores]. Mas a gente vai fazer a luta para que não seja aprovado”, reafirmou a presidenta do Sinteal.

Sem diálogo!

Já no final da tarde, por volta das 17hs, o prefeito JHC chegou à prefeitura. Mas, qualquer perspectiva de audiência de negociação foi por água a baixo com a informação repassada às lideranças sindicais dando conta que ele não iria receber ninguém, mantendo a mesma postura antidemocrática dos últimos meses.

A luta continua!

Independentemente de qualquer postura antidemocrática, Sinteal e trabalhadoras/es da rede pública municipal de educação de Maceió continuam mobilizadas/es em busca da JUSTA valorização salarial e profissional.

A nova “agenda de lutas” vai prosseguir, a greve está mantida (buscando a garantia na lei para a sua continuação) e… amanhã será outro dia!

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