23 de novembro de 2022

Ex-dirigente da CNTE, professor Antonio Lisboa é eleito presidente-adjunto da Confederação Sindical Internacional

                                                                                                                                    Imagem: CNTE

Nesta terça-feira (22) o 5° Congresso da Confederação Sindical Internacional (CSI), em Melbourne, Austrália, elegeu a nova diretoria da entidade. O atual secretário de Relações Internacionais da CUT, professor Antonio Lisboa, assume a presidência-adjunta da entidade durante os próximos quatro anos.

Lisboa foi secretário executivo adjunto da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) na gestão 2017/2020. Também foi secretário de finanças nas gestões 2011/2014 e 2014/2017.

“Que maravilha ter mais um professor do Brasil na direção da CSI, tivemos o orgulho de ter o João Felício presidente da CSI e agora nos orgulhamos mais uma vez de ter o professor, ex-diretor adjunto da nossa entidade, como presidente-adjunto da CSI, mostrando a força e preparação da nossa categoria profissional e da classe trabalhadora brasileira”, celebrou Heleno Araújo, presidente da CNTE.

Sobre o congresso internacional

O congresso da CSI contou com cerca de mil delegados sindicais de mais de 120 países, sendo a maioria (50,8%) mulheres. Ao todo mais de 200 organizações de trabalhadores participaram do encontro que debateu e discutiu temas para nortear a ação do movimento sindical em todo o planeta pelos próximos quatro anos. Além da Declaração do Congresso sobre um novo contrato social, o Congresso aprovou resoluções de emergência sobre o Irã, combatendo a extrema direita e a invasão da Ucrânia pela Rússia.

>> Saiba mais: Congresso da CSI discute o futuro dos trabalhadores frente à crise econômica mundial

Biografia

Antonio de Lisboa Amâncio Vale, professor de geografia e história, é cearense e filho de agricultores familiares. Seu pai, Agostinho, foi fundador do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município de Tauá-Ce. Migrou para Brasília aos 12 anos, trabalhando durante o dia para ajudar no sustento da família e estudando à noite. Participou da reorganização do movimento estudantil nos anos finais da ditadura.

Além de ter passado pela diretoria da CNTE, foi membro da diretoria do Sindicato dos Professores do Distrito Federal entre 1989 e 1995, voltando a comandar a entidade no período de 2001 a 2009, quando dirigiu as maiores greves da história da categoria. Em 2014 foi eleito membro representante dos Trabalhadores no Conselho de Administração da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Fonte: CNTE, com informações da CUT Brasil