15 de março de 2023

Sinteal participa de ato pela Revogação do Novo Ensino Médio

O Sinteal participou nesta quarta-feira (15) de um grande ato nacional que pede a revogação da Lei 13.415/2017, que instituiu o chamado “Novo Ensino Médio”. A atividade foi organizada pelos estudantes de todo o país, ocorrendo em mais de 50 cidades e contou com a participação de trabalhadores da educação e ativistas de entidades educacionais, Sintetfal, Adufal, Fenet, UBES, associações científicas e grupos de pesquisa.

Em Alagoas, as atividades foram concentradas em Maceió e Arapiraca. Pela manhã, manifestantes em Maceió percorreram diversas escolas do CEPA denunciando os problemas que surgem junto com a reforma, como por exemplo, induzir jovens de escolas públicas a cursarem itinerários de qualificação profissional de baixa complexidade e ofertados de maneira precária em escolas sem infraestrutura. No período da tarde, o ato foi em Arapiraca, em frente a praça Luiz Pereira Lima.

 

A professora de história Gabriela Torres, atualmente na Escola Estadual Campos Teixeira, falou sobre os impactos dessa modalidade de Ensino para os estudantes. “Esse novo Ensino Médio tem prejudicado muito e precarizado a nossa profissão. Matérias como a minha, que ensinam o ser humano a pensar, tem reduzido a sua carga horária. Esse projeto pautado na mercantilização do ensino também tem retirado a possibilidade de formação continuada dos professores, que prejudica ainda mais a qualidade do ensino aos estudantes”, explicou.

Girlene Lázaro, Secretária Adjunta de Assuntos Educacionais do Sinteal, recordou a luta do sindicato e da CNTE contra essa legislação. “Desde 2017 que a CNTE vem lutando para que haja uma revogação dessa forma de ensino, porque entendemos que ela não traz nada de positivo para os estudantes e para os trabalhadores da educação. Essa reforma retira o direito de conhecimento aos alunos em várias áreas, que garantem a luta por cidadania. Para os trabalhadores e trabalhadoras, a reforma impõe uma jornada de trabalho com cargas horárias partilhadas, assumindo disciplinas que muitas vezes eles não estão preparados para lecionar”, lembrou.

Seguiremos na luta pela revogação desta medida que prejudica toda a comunidade escolar!