14 de março de 2023

Sinteal realiza ato em Viçosa para cobrar justiça ao assassinato da professora Angélica

 

A Secretaria de Mulheres do Sinteal e o Núcleo Regional de Viçosa realizaram na manhã desta terça-feira (14) um ato público, em frente à prefeitura de Viçosa, para cobrar justiça ao feminicídio da professora Angélica e dar um basta a violência contra a mulher. A atividade faz parte de uma série de eventos promovidos pelo sindicato durante o mês da mulher.

GALERIA DE IMAGENS

Além do Sinteal, o ato contou com a participação de profissionais da educação, de estudantes da Escola Municipal Pedro Carnaúba, onde Angélica trabalhou; da irmã da vítima, Joana D’Arc; e da colega de trabalho, professora Aline; e da comunidade. Durante a atividade, foi realizada uma palestra da representante da Marcha Mundial das Mulheres, Lenilda Lima, para falar sobre o machismo e o combate a violência contra as mulheres.

Durante o ato, a irmã da vítima falou sobre a frustração de nenhuma solução ter sido apresentada, mesmo 5 anos após o caso. “A dor que eu sinto é uma dor eterna. O que mais dói é saber que a justiça não foi feita. Essa é a pior parte. Pra gente que é da família, é ainda pior. O que nós queremos é que a justiça seja feita. Já são 5 anos sem respostas”, desabafou Joana.

A atividade também serviu como um espaço de conscientização para todas e todos que estavam presentes, para combater o machismo e a violência contra as mulheres. A Secretária de Mulheres, Francisca Lúcia, fez questão de reforçar a importância deste tipo de debate com profissionais, estudantes e a comunidade, para o fortalecimento dessa luta contra toda forma de violência e opressão. “Eu acredito que as meninas aqui não querem sofrer nenhum tipo de violência por ser mulher. Vocês sabem que ninguém veio para o mundo pra ser violentada. Assimilar isso é o que fará a diferença no dia a dia”, explicou Francisca.

Entenda o caso

No dia 02 de março de 2018, na semana do Dia Internacional da Mulher, Angélica foi covardemente atacada pelo “companheiro” enquanto tomava banho. Forte, ela reagiu, tentou fugir, mas, infelizmente, ele foi mais forte e, frio e covarde, a matou no meio da rua. Com o sentimento de revolta, familiares, amigas/os, colegas de trabalho, alunas/os e tantas outras mulheres foram às ruas, cobrando justiça. Na ocasião, o governo do Estado recebeu a família da vítima, e se comprometeu a solucionar o caso. Hoje, 5 anos depois, ainda não foi encontrado o criminoso.