Papai Noel magro, presentes que ninguém quer receber, trabalhadoras/es em educação de luto. Assim é o Natal que a Prefeitura de Maceió proporciona à população. Em protesto realizado na manhã desta quinta-feira (14), o Sinteal denunciou à população de Maceió, mais uma vez, a desvalorização da educação pública no município. O ato aconteceu na Praça Deodoro, no Centro de Maceió. Célia Capistrano, vice-presidenta do Sinteal, relembra como foi o ano de 2017. “São 12 meses de luta, desde janeiro estamos reivindicando nossos direitos. Um ano inteiro de tentativa de negociação, paralisações, greves, discussão até na Justiça, mas a única resposta é o zero! Reajuste 0%, valorização 0%, segurança nas escolas 0%, contratação de concursados 0%, progressões 0%… E será que a educação não merece esse tratamento?”, afirmou a dirigente. O ato permaneceu a manhã inteira na Praça Deodoro, com o Papai Noel magro e de luto carregando em seu “trenó/carroça” os “presentes de grego” que ninguém aceitou: adoecimento, precarização, desvalorização e outros presentes que o prefeito enviou para os servidores e servidoras. Durante a manifestação, representantes do Sindicato dos Policiais Civis estiveram no local prestando solidariedade à categoria. Girlene Lázaro, da CNTE, criticou a gestão municipal e garantiu que a categoria continuará na luta até ser atendida. “A luta pela educação pública é de toda a sociedade. Uma gestão que trata essa pauta com tanto descaso demonstra que não está interessada no desenvolvimento da cidade. Não sossegamos em 2017, e vamos permanecer firmes na mobilização em 2018”, disse ela. Girlene lembrou, ainda, a luta nacional contra a reforma da Previdência, convocando toda a população para ficar em “estado de alerta” para ir às ruas e parar o país se o projeto do golpista Governo Temer entrar na pauta de votação na Câmara dos Deputados. No final da manhã, o ato foi encerrado com um cortejo simbólico, que deu a volta na Praça Deodoro arrancando aplausos e diversas manifestações de apoio da população, que também amarga um “Natal Magro” causado pelas políticas nefastas de recessão do governo golpistade Temer.