8 de março de 2024

Nenhuma a menos! Mulheres marcam 8 de março com protesto em Maceió

O tradicional ato público do Dia Internacional de Lutas das Mulheres ganhou as ruas do Centro de Maceió nesta sexta-feira (8). Com a temática “Por nossos corpos nossos territórios. Nenhuma a menos”, mulheres do campo e da cidade ecoaram suas vozes em uma caminhada que se concentrou na Praça Deodoro, onde fica o prédio do Tribunal de Justiça (AL), e seguiu até o Palácio do Governo.

“Estamos aqui para dizer que parem de nos matar! Queremos direitos iguais, oportunidades iguais, ter nossas vozes ouvidas e ser tratadas de forma justa em todos os espaços, não apenas nos discursos. Lutamos por justiça em cada feminicídio que não conseguimos evitar, e políticas públicas de Estado para que não aconteça mais. Cada vida importa”, disse a Secretária de Mulheres do Sinteal, Francisca Feitosa.

Através do coletivo Levante Feminista, o ato foi construído por mulheres de várias organizações sindicais, de luta pela terra, partidos políticos, estudantes e sociedade civil em geral. Durante a atividade, também compareceram caravanas de mulheres de várias cidades do estado e companheiros homens que também defendem a luta das mulheres.

A cultura se destacou com intervenções que aconteceram desde a concentração e durante todo o percurso da manifestação. Performances, shows musicais e poema de protesto foram parte fundamental na programação.

Cartazes, faixas, bandeiras, estandartes e muitas vozes chamaram a atenção da população maceioense para a luta das mulheres. Lenilda Lima, secretária de mulheres da CUT Alagoas, reforça a amplitude da pauta. “Pelas mulheres de todas as partes do mundo que estão sofrendo violência, pelas nossas companheiras que sofrem violência de todos os tipos cotidianamente, seguiremos unidas para fazer a luta”.

Ao final do Ato, em frente ao palácio, a coordenação foi informada que uma audiência que havia sido previamente agendada com o Governador foi cancelada. “O governo que vive afirmando que é pelas mulheres, que quer mais políticas para as mulheres, mas em pleno 8 de março nos deixa esperando, cancela o compromisso e silencia a pauta das mulheres na sua agenda”.